quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

USP Terá Centro de treinamento de Cães-Guia



USP terá centro de treinamento de cães-guia
Centro que será construído na faculdade de medicina veterinária e zootecnia pretende treinar 30 animais por ano. Apenas 70 animais são aptos para a função atualmente no país

Projeto deve formar anualmente 30 cães das raças labrador e golden retriever que serão adquiridos por meio de doações
Não é à toa que a maioria dos cerca de 16 milhões de deficientes visuais no Brasil não tem cão-guia. O custo de R$ 20 mil para treinar o animal é um dos fatores responsáveis pela existência de apenas 70 animais qualificados no país atualmente. Para começar a solucionar o problema, a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP) assinaram em novembro um convênio para a criação de um Centro de Treinamento de Cães-Guia.

A instituição funcionará em um terreno anexo à FMVZ, doado pela reitoria da USP. Ainda não há data para a inauguração do prédio e do início das atividades, mas o projeto arquitetônico deve ser elaborado no início de 2010. O projeto deve formar anualmente 30 cães das raças labrador e golden retriever, que serão adquiridos por meio de doações de canis particulares, credenciados e com controle de doenças.

Os filhotes serão entregues a uma família adotiva voluntária, selecionada pelo programa, que cuidará do cão durante um ano. Os filhotes serão visitados mensalmente por um membro do centro de treinamento para verificar o desenvolvimento do animal. Após esse período, o cão será encaminhado ao centr, onde passará pelo adestramento específico para guia de cegos. A qualquer momento, os cães podem ser desclassificados do processo de treinamento, seja por ocorrência de doenças, baixa capacidade de aprendizado, agressividade ou extrema submissão.

Depois de treinados, os cães serão encaminhados aos deficientes gratuitamente. Segundo o diretor da FMVZ, José Antônio Visintin, a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência será encarregada de fazer o cadastro de deficientes interessados em adquirir os animais. “A demanda é enorme e, por isso, o processo deve ser feito de comum acordo com a faculdade por meio de formulários e entrevistas”, diz.
Fonte: Revista Época

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